SALMO 133
Oh! quão bom e quão suave
é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão,e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião,
porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão,e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião,
porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.
Introdução.
Dentre as instituições sociais, a família e a igreja
podem ser consideradas indispensáveis dentro da conjuntura social. Ser membro
de uma família e ser membro da Igreja de Cristo é algo que deve ser profundamente
valorizado elevado a sério. Família e Igreja estão intimamente relacionadas. É
impossível separar a família da Igreja ou esta daquela, sem trazer prejuízos a
ambas.
Família e Igreja é o nosso assunto de hoje. Como tem
sido em sua experiência a relação Família-Igreja? À luz da Bíblia, como deve
ser entendida e desenvolvida a integração Família-Igreja? É o que veremos neste
capítulo.
Verifica-se que há uma tendência muito acentuada em se
fazer separação entre a família e a igreja. Apesar de serem instituições
distintas, é preciso entender que não deve existir dissociação, isto é,
separação. Uma instituição está implícita na outra, se interdependem, se
completam. O problema é que hoje a Igreja tem sido concebida por muitas pessoas
e famílias apenas como um local a ser visitado semanalmente (às vezes), tomando-se algo muito distante da família.
Alheias ao dia-a-dia da Igreja, suas dificuldades, propostas e desafios, muitas
famílias valorizam apenas as comemorações e os sacramentos (Santa Ceia e Cultos
aos domingos), como se a simples preocupação com esses ritos pudesse garantir a
aprovação de Deus e as bênçãos para a família.
O descaso para com a Igreja revela descaso para com a
família, pois, dispensar o que a Igreja tem a oferecer à família é uma atitude,
no mínimo, irresponsável dos que a dirigem. O contrário também é verdadeiro: o
descaso para com a família é a prova mais concreta do descaso para com a
Igreja, podendo ser considerado até mesmo como sintoma da negação da fé (I Tm.
5.8).
Panorama Bíblico.
1. Que orientação o profeta Miquéias
apresenta para a solução dos desajustes familiares? (Mq. 7.6,7).
2. Qual a condição básica para o êxito
no cuidado da Igreja (I Tm. 3.2-5).
3. O que comprova o bom relacionamento
do casal Áquila e Priscila com a Igreja? (Rm. 16.3-5).
Reflexões Práticas
Conforme o ensino geral da Palavra de Deus, podemos
analisar a relação família e igreja da seguinte forma:
1. FAMÍLIA E IGREJA: UMA INTEGRAÇÃO
NECESSÁRIA
É preciso haver uma perfeita integração entre ambas.
Sobre a necessidade desta integração podemos destacar:
1.1.
Necessária para adoração (Ef. 5.19-21).
Adoração pode ser uma experiência individual, mas deve ser também comunitária
(Hb. 10.25). Congregada com o povo de Deus, a família tem maiores condições de
prestar ao Senhor uma adoração mais profunda, envolvente, criativa e participativa
(Cl. 3.16). Estando unida à igreja, a família se envolve nas variadas formas de
adoração, o que é impossível estando desligada da igreja.
1.2.
Necessária para comunhão (Fp. 1.27).
A vida cristã deve ser marcada não apenas pela experiência vertical da comunhão
com Deus, mas também pela horizontal: comunhão com os irmãos. Integrada à
igreja, a família, usufrui das bênçãos da comunhão cristã e ajuda a promovê-la.
Os primeiros cristãos perseveraram na comunhão (At. 2.42-47).
1.3. Necessária para missão (Hb.
10.24,25). A Igreja, como agência do reino de Deus, tem
uma importante missão a desempenhar, no sentido de proclamar a boa nova pela
implantação dos valores do reino. Mas o desempenho desta missão requer a
participação da família. Quando a família se omite, a Igreja não tem como
cumprir a sua missão, pois, é formada de famílias.
Compreendendo a necessidade desta integração, Josué
tomou uma decisão que, ainda hoje, desafia profundamente cada família: “Eu e a minha
casa serviremos ao Senhor” (Js. 24.15).
2. FAMÍLIA E IGREJA: UMA INTEGRAÇÃO
AGRADÁVEL
Há muitas famílias que parecem não ter experimentado
ainda esse aspecto do compromisso com a igreja. Esta integração é agradável
pelas seguintes razões:
2.1. Promove
a sociabilidade (Sl. 133.1). Além de
ser uma necessidade, harmonioso relacionamento entre família e Igreja toma-se
uma experiência por demais agradável. O convite para ir à casa do Senhor
alegrava o salmista Davi (Sl. 122.1). Igreja e família formam um ambiente de
sociabilidade que não deve ser trocado por nada (Sl. 84.1,10).
2.2.
Desempenha função terapêutica. A
Igreja é uma comunidade terapêutica. Muitas famílias podem testemunhar a
agradável experiência que as envolveu quando se integraram à igreja. Profundo
conhecedor desta função terapêutica da Igreja, o apóstolo Paulo escreve aos
cristãos de Roma: “se Deus quiser, chegarei aí cheio de alegria e lhes farei
uma visita que será muito agradável para mim" (Rm. 15.32, BLH).
2.3. Atrai a
bênção de Deus (Sl. 133.3). A
integração família/igreja é agradável também porque atrai sobre si a bênção de
Deus. O relato a respeito da igreja do período apostólico comprova isto (At.
4.32-35).
3. FAMÍLIA E IGREJA: UMA INTEGRAÇÃO
PREJUDICADA
Não obstante o aspecto agradável que permeia a
integração família/igreja, é preciso compreender que esta integração sofre
muitas vezes a interferência de problemas que trazem sérios prejuízos.
3.1. É
prejudicada pela alienação. O
engajamento e a participação de cada família são indispensáveis para a igreja.
O indiferentismo de muitas famílias acomodadas e desinteressadas em crescer na
graça e no conhecimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como igrejas que não
valorizam a família, resulta em enormes prejuízos para ambas. A falta de
maturidade cristã e o relaxamento na participação prejudicam tremendamente a
integração entre família e igreja (Hb. 5.12-14).
3.2. É prejudicada
pela incompreensão (I Co 11. 17, 18).
Outro problema que prejudica profundamente é a dificuldade nos relacionamentos,
sempre motivada por incompreensões. Esse era um dos graves problemas que
perturbavam a Igreja de Corinto, como se vê já no início da primeira carta (I
Co. 3.3,4). Pessoas e famílias que nutrem contendas e rixas na igreja desonram
o nome de Cristo e prejudicam a integração que deve envolver a todos.
3.3 É
prejudicada pela secularização (Rm. 12.2). A conformidade a este século tem sido um dos grandes problemas da
igreja. Há famílias que estão se conduzindo e dando aos seus filhos uma
formação embasada muito mais nos princípios de uma sociedade corrompida e sem
Deus, do que nos santos princípios cristãos.
Cada família deve considerar os conselhos da Palavra
de Deus, apresentados por intermédio do apóstolo Paulo (Fp. 4.7-9).
Apesar das ameaças e prejuízos que a igreja e a
família às vezes sofrem, alentados saber que esta integração é sempre viável e
prossegue vitoriosamente graças à direção divina sobre ambas (Sl. 127.1; Mt.
16.18; Rm. 8.31), graças à consagração de muitos, que chegam a se arriscar pela
causa cristã, não medindo esforços (Rm. 16.3, 4) e graças aos resultados
positivos.
“Família e igreja são duas instituições coexistentes,
inseparáveis e comprovadamente viáveis”.
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