A REFORMA COMO ABERTURA PARA O AVANÇO CIENTÍFICO
1517 - 2016 499 ANOS DA REFORMA
Toda cristandade, independente de igrejas,
denominações, células etc., deveria procurar entender a relevância de um dos
mais proeminentes teólogos revolucionários da história ocidental, Martinho
Lutero, que sem dúvida foi o divisor de águas do cristianismo no início da
Idade Moderna.
Lutero abre caminho não só para a possibilidade dos questionamentos teológicos abusivos da igreja na sua época, mas também para a plêiade científica emergente na transição do Medievo para o Moderno: geógrafos, físicos, astrônomos, químicos, médicos, cientistas, biólogos, matemáticos, historiólogos, filólogos, antropólogos, sociólogos etc. Todos na tentativa de alfinetar a igreja que aos poucos vinha perdendo o seu prestígio.
A igreja já vinha dominando o poder político,
econômico, social e intelectual por mais de dez séculos. Toda produção
científica passava pelo seu crivo, a maioria da produção era rejeitada e
queimada, basta lembrar as ameaças sofridas pelo astrônomo e matemático
Polonês, Nicolau Copérnico, como também Galileu Galilei que contribuiu
decisivamente para a defesa do heliocentrismo, e teve que se retratar com a
igreja. Tudo isso se passa no século XVI, século da Reforma Protestante. Este é
o século de ouro do Renascimento período mais ilustre do mundo ocidental, onde
‘‘o homem é a medida de todas as coisas’’. A reforma tirou da Igreja o poder de
decidir o destino da alma dos fiéis. Mesmo a reação da Contra-Reforma, o avanço
da teologia e da ciência não pode mais ser contido.
ESDRAS CABRAL DE MELO:
Doutor em Educação e Saúde. Mestre em Teologia. Pós-Graduado em
Antropologia na UFPE, em Metodologia do Ensino Superior, em História das
Artes e das Religiões e Ensino de História pela UFRPE. Formado em História
e Teologia. Palestrante Educacional e Motivacional na Docência da Rede
Pública de Ensino das Prefeituras e do Estado de Pernambuco. Escritor,
Educador, Historiador e Teólogo. Também Promove Seminários e Simpósios
Relacionados às Ciências Humanas.
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