O
PROBLEMA DOS DIAS DA CRIAÇÃO
A Bíblia
declara que toda forma de vida orgânica foi criada por Deus em 6 dias, conforme
Ex. 20:11. Porém, os críticos da ciência moderna afirmam que isto é impossível,
e que ela, a criação, levou bilhões de anos dentro da escala geológica do tempo
defendida por alguns geógrafos e arqueólogos. A terra teve início a mais ou
menos 4,5 bilhões de anos atrás do nosso tempo, evoluindo nos períodos Arqueozóico,
Proterozóico, com a vida primitiva, seres unicelulares. Paleozóico
com a vida antiga, seres pluricelulares. Mesozóico vida
intermediária com o surgimento de anfíbios, répteis e pássaros. E o período Cenozóico
com a vida atual. Dividido em terciário e quartenário com o desenvolvimento
final do vegetal e animal, inclusive o homem.
Com plena certeza, as duas posições não podem estar corretas. Será que há alguma forma de acomodar o Gênesis com a Geologia?
Com plena certeza, as duas posições não podem estar corretas. Será que há alguma forma de acomodar o Gênesis com a Geologia?
Para
entendermos melhor este problema vamos analisar os dois pontos de vistas na
própria Bíblia.
Em primeiro lugar, alguns estudiosos
declaram que a ciência contemporânea não está correta em seus cálculos
científicos, e insistem em dizer que a terra não passa de 6 a 10 mil anos antes
de Cristo, e que Deus criou todas as vidas orgânicas em 6 dias (literais de 24
horas) perfazendo um total de 144 horas de criação. Sustentando esta idéia
afirmam que:
· Cada dia de Gênesis tem tarde e manhã (Gn.
1:5, 8, 19, 23, 31) e que isto é próprio de qualquer dia de 24 horas na Bíblia.
· Os dias da criação forma numerados, (primeiro
dia, segundo dia, etc) isto é uma característica peculiar dos dias de 24 horas
na Bíblia.
·
A citação de Ex. 24:11 compara os 6 dias da
criação com os 6 dias de uma semana literalmente de trabalho com 144 horas.
· Há evidencias científicas que comprovam que a
terra tem uma idade jovem de milhares de anos e não bilhares.
· Como a vida poderia sobreviver milhões de
anos no dia três (1:1) ao dia quatro (1:14) sem luz. Visto que sem o sol como a
vida poderia se desenvolver?
Em segundo lugar, uma corrente de pensadores eruditos da teologia e do conhecimento científico alegam que o universo pode ter bilhões de anos, visto que há um espaço de tempo incalculável entre o versículo 1 e o 2 do cap. 1 de Gênesis. Eles argumentam da seguinte forma:
· O carbono 14, a Dentrocronologia e a
Termoluminescência, são sistemas de datação cientificas para seres orgânicos e
inorgânicos, como as pedras, segundo eles os erros são mínimos.
· A palavra hebraica DIA = (YOM) é a mesma
empregada em Gênesis 1 e 2 como um período de tempo maior que 24 horas.
· Em
algumas passagens bíblicas emprega a mesma palavra “DIA” para longos períodos
de tempo “um dia é como mil anos” (2 Pe. 3:8; cf. Sl. 90:4) mas isso não quer
dizer que tenha de ser 1000 anos, pode ser mais ou pode ser menos visto que o
nosso tempo é o Kronos e o de Deus é o Kairós.
·
Há
alguns indícios em Gn. 1 e 2 de que os dias poderiam ser períodos maiores do
que 24 horas
· Como poderia no terceiro “dia” as árvores
crescerem da semente ‘a maturidade, e produzirem semente segundo sua espécie 1: 11-12
visto que esse processo dura normalmente meses ou anos.
· Será que é possível isto? No sexto dia Adão
foi criado, foi dormir, deu nome a todos os (milhares) de animais, procurou por
companhia, foi dormir e Eva foi criada. Tudo isso em um só dia de 24 horas?
Parece-nos que é preciso um tempo maior para todas essas coisas.
· Será difícil entendermos conforme Hb. 4:4,
que Deus ainda está no seu descanso da criação do sétimo dia? Se Deus está
ainda em seu descanso, então não é difícil entendermos que os outros 6 dias
levaram milhares de anos também.
· Com relação a Ex. 20:11, pode estar fazendo
simplesmente uma comparação de unidade dos dias de Gênesis com uma semana de
trabalho de 144 horas, e não uma comparação minuto a minuto, afirma o professor
Howe.
CONCLUSÃO: Diante do
problema exposto vimos que, tanto a Teologia Bíblica como os eruditos da
Ciência, tem como argumentar e contra argumentar sobre os dias da criação.
Segundo a pesquisa que fiz em livros científicos e teológicos, chego a minha
análise apologética da seguinte maneira: tanto a Teologia Bíblica ou a Ciência
Contemporânea não apresentam nenhuma contradição plausível, visto que os dois
lados apresentam provas incontestáveis em suas defesas. Acredito que o problema
não está na argumentação que eles esboçaram e sim na “interpretação” , visto
que na Bíblica há passagens que desafiam a própria ciência como por exemplo à
origem dos raios e relâmpagos, a ciência desconhece a origem desses fenômenos.
Quando eles dizem, vai chover! faz sol e quando eles dizem que o dia será de sol!
vem a chuva. Ver mais dificuldades científicas em Jó. 38:28-35 e também a
própria Teologia. Exemplos: Qual teólogo pode explicar a hierarquização e
ofícios dos anjos ou entender teologicamente a teantropomorfização de Cristo e
o que se passa no beneplácito de Deus?
O problema
é, ou os cientistas em sua teoria e práticas geológicas estão errados ao
afirmarem a idade da Terra em bilhões de anos, ou alguns estudiosos e
interpretes da Bíblia estão equivocados ao insistirem em dizer que foram seis
dias de 24 horas a criação em alguns milhões de anos antes de Cristo, sem
intervalos de tempo. Mas em qualquer dos casos não se trata de uma inspiração
da Escritura Sagrada e sim da própria dificuldade interpretativa do assunto.
Talvez a
própria ciência por não abrir mão dos seus cálculos científicos de bilhões de
anos e seus maquinários avançados, racionalize demais passo a passo da criação
excluindo o exemplo de fé dificultando para um consenso cientifico-teológico
visto que a teologia não descarta a probabilidade da fé na criação e que não se
deve ser visto como meio puramente racionais todos os acontecimentos criativos.
Acredito que
chegaremos a um resultado satisfatório. Quando a verdade natural (razão) e a
verdade sobrenatural (fé) esforçarem-se por trabalharem juntas. Disse Tomás de
Aquino: “Razão e fé são distintas, mas não separadas. Entre a fé e a razão
não pode haver conflito, pois uma e outra derivam de Deus: não há, pois dupla
verdade, admitir verdades discordantes às da razão das de fé, é levar a
contradição ao próprio Deus”
Pr. Esdras Cabral de Melo
Ciência e fé não interferem uma na outra, pois ambas trabalham em planos diferentes. A fé trabalha e fala de um plano metafísico do mundo, enquanto que a ciência age sobre o mundo físico. Galileu faz a comparação de que no mundo existem dois livros com o objetivo de revelarem a mesma verdade, mas de forma diferente. O primeiro livro á a Bíblia que busca a salvação e a redenção das almas e cujos escritos científicos são simplificados e próprios para o entendimento do povo. A natureza é o segundo livro que para ser interpretado tem que ser lido de forma cientifica e objetiva. Os dois livros são obras de um único Autor e por isso mesmo não podem ser contraditórios.
ResponderExcluirGalileu Galilei (1564 - 1642)
ou seja o Deus da Fé e o mesmo Deus da Ciência. por isso que nunca haverá contradição entre bíblia e ciência
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