Vamos meditar sobre um antigo costume em nossos dias que é praticamente inexistente entre as famílias da Igreja: O Culto Doméstico. “Deus deve ser adorado em todo lugar, em espírito e em verdade, tanto em família, diariamente, como em secreto, estando cada um sozinho, e também, mais solenemente em assembleias públicas”. O culto público não é suficiente em si mesmo para satisfazer as nossas necessidades espirituais, temos de acrescentar, diariamente, o Culto em Família. E de modo semelhante, o Culto em Família não é suficiente, temos de observar dominicalmente o culto público (Hb. 10:25).
O Salmo 133 inicia-se com uma exclamação espontânea de admiração: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos”, e termina com uma conclusão de grande sentido espiritual. “Ali (no meio dos irmãos unidos) ordena o Senhor a sua bênção, e a vida para sempre”. O ensino é claro: Para o Senhor ordenar a sua bênção num dado lugar, as pessoas precisam viver unidas em harmonia fraternal. Sendo assim podemos dizer. Na Igreja, onde todos os membros vivem em plena comunhão uns com os outros, ali ordena o Senhor a sua bênção. Ainda mais: no lar, onde cada membro da família reúnem-se para juntos cultuarem a Deus, ali ordena o Senhor a sua bênção. E nestes dias modernos, o que os nossos lares mais precisam é da bênção do Senhor, porém, para obtê-la, o caminho é um só: A família toda unida diariamente em Culto Doméstico…”
“Vamos delinear alguns princípios básicos para estabelecer o Culto em Família:
1) Quem deve participar? Cada membro da família, sem qualquer exceção: pai, mãe, filhos, inclusive o recém-nascido. O Culto doméstico cria um ambiente de paz, algo que até mesmo o mais novo sente e aprecia. Afinal, ali ordena o Senhor a sua bênção.
2) Quanto tempo precisa? As circunstâncias de cada lar devem determinar o tempo conveniente. Sugerimos de quinze,vinte a trinta minutos. Se for necessário, levante um pouco mais cedo. A bênção do Senhor será a recompensa. Escolha o melhor horário para toda a família.
3) Quais os elementos principais?
a) Cânticos: “Louvando a Deus, com salmos, hinos e cânticos espirituais” Cl. 3:16. O Culto deve ser participativo, cada membro da família escolhendo o seu cântico predileto. Uma parte do louvor nos céus expressa-se através dos cânticos. O que é importante nos céus deve ser importante para nós que vivemos aqui na terra.
b) As Escrituras Sagradas: Elas devem ser recebidas com santo temor, em obediência a Deus, cada membro lendo alguns versículos. Para algumas famílias, o uso de um bom devocionário é o mais conveniente. A leitura da Bíblia é para aprender dos caminhos de Deus e receber alimento espiritual para fortalecer as nossas vidas. Para outras famílias, especialmente quando os participantes são maiores, a leitura consecutiva de livros inteiros podem satisfazer mais.
c) Oração: A oração deve ser feitas por coisas lícitas e inclui todas as classes de pessoas: líderes políticos e religiosos, pastores e missionários, membros maiores e menores das Igrejas em todas as suas necessidades. Basicamente, pela oração, estamos confiando os interesses do novo dia, inclusive as atividades de cada membro da família aos cuidados de Deus. Devemos dirigir as nossas orações ao Pai pela mediação do Filho, Jesus Cristo e auxiliados pelo Espírito Santo que orienta exclusivamente através do Ensino das Sagradas Escrituras. Novamente, cada membro deve ser ensinado e incentivado a orar audivelmente. O culto doméstico se torna mais interessante quantos todos estão participando.
Conclusão: Se queremos que Deus ordene a sua bênção sobre o nosso lar e a nossa família, eis um dos meios mais acessíveis: O Culto Doméstico. Façamos um pacto de reformar nossas famílias, engajando-nos em um cuidado consciente em estabelecer o Culto a Deus em nossos lares. E andar em nossos lares em perfeito coração. Nós resolvemos, procurar instruir nossos pequenos e toda a nossa casa a buscar e manter os caminhos do Senhor.” Lembre-se se fizermos todos os dias ele se tornará um hábito.