Por Esdras Cabral
Toda cristandade, independente de
igrejas, denominações, células etc., deveria procurar entender a
relevância de um dos mais proeminentes teólogos revolucionários da
história ocidental, Martinho Lutero, que sem dúvida foi o divisor de
águas do cristianismo no início da Idade Moderna.
Lutero abre caminho não só para a possibilidade dos questionamentos teológicos abusivos da igreja na sua época, mas também para a plêiade científica emergente na transição do Medievo para o Moderno: geógrafos, físicos, astrônomos, químicos, médicos, cientistas, biólogos, matemáticos, historiólogos, filólogos, antropólogos, sociólogos etc. Todos na tentativa de alfinetar a igreja que aos poucos vinha perdendo o seu prestígio.
Lutero abre caminho não só para a possibilidade dos questionamentos teológicos abusivos da igreja na sua época, mas também para a plêiade científica emergente na transição do Medievo para o Moderno: geógrafos, físicos, astrônomos, químicos, médicos, cientistas, biólogos, matemáticos, historiólogos, filólogos, antropólogos, sociólogos etc. Todos na tentativa de alfinetar a igreja que aos poucos vinha perdendo o seu prestígio.
A igreja já vinha dominando o poder
político, econômico, social e intelectual por mais de dez séculos. Toda
produção científica passava pelo seu crivo, a maioria da produção era
rejeitada e queimada, basta lembrar as ameaças sofridas pelo astrônomo e
matemático Polonês, Nicolau Copérnico, como também Galileu Galilei que
contribuiu decisivamente para a defesa do heliocentrismo, e teve que se
retratar com a igreja. Tudo isso se passa no século XVI, século da
Reforma Protestante. Este é o século de ouro do Renascimento período
mais ilustre do mundo ocidental, onde ‘‘o homem é a medida de todas as
coisas’’. A reforma tirou da Igreja o poder de decidir o destino da alma
dos fiéis. Mesmo a reação da Contra-Reforma, o avanço da teologia e da
ciência não pode mais ser contido.
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