A REFORMA
PROTESTANTE EM BUSCA DA OBRA MISSIONÁRIA
Reforma:
podemos dividir esta palavra em duas partes: ‘‘Ré’’ - olhar para atrás e
‘‘Forma’’ - como algo que tem corpo ou estruturação. Sendo assim a palavra
Reforma, significa voltar novamente à forma. Só necessita de Reforma algo que
perdeu a forma original ou seja, algo que ficou deformado. Por isso que diante
de um estado de deformação, houve uma extrema necessidade de se fazer uma
Reforma com o escopo de buscar a forma, que se havia perdida ao longo de pelo
menos doze séculos.
A
igreja de Fé Românica, através de suas práticas heréticas e desvios da essência
doutrinária dada por Cristo aos discípulos, perderam a forma básica da obra
missionária, o projeto do Nosso Senhor Jesus Cristo de expandir a sua igreja na
terra, pois o texto áureo da obra missionário não foi levado a sério pelos
fiéis missionários de Cristo. “ mas
recebereis poder do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins
da Terra’’. (At. 1.8)
Os
séculos que virão após o período de Constantino (313 d.C), que oficializou o
cristianismo como religião oficial do império, são 12 séculos de
‘‘deformação’’, ou seja séculos sem forma doutrinária, a mensagem genuína do
evangelho e ações missionárias com vistas para a igreja de Cristo, inaugurada
no dia de pentecostes em conforme Atos 2, vivia-se mas pelas lutas de poderes
eclesiásticos do que pela obra de evangelização e amor pelas pobres almas que
pereciam sem nenhum conhecimento do evangelho da Graça de Cristo.
Embora nos Séculos XIV e
XV tenham ocorrido movimentos internos em direção a uma renovação da Igreja de
Roma pela volta as escrituras e o Santo Evangelho do Senhor Jesus, bem como a
obediência ao IDE glorioso na busca de almas para Cristo, a cúria romana não se
permitia a essa renovação, perseguiu e matou os primeiros reformadores com
ações missionárias em seus países tais como: John Wicliffe na Inglaterra, John
Huss na Boêmia e Jerônimo Savonarola na Itália, eles pagaram com suas próprias
vidas em defender a salvação por meio fé em Cristo e não pelas obras. Eles
ficariam conhecidos na história do cristianismo como os pré-reformadores, porém
com a Reforma Protestante no dia 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano
Martinho Lutero fixou, nas portas da catedral do Castelo de Wittemberg, as suas
95 teses contra as indulgências apregoadas pela Igreja de Roma, que era um
empecilho na obra missionária conforme o colégio apostólicos nos ensina. “ Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é
dom de Deus.” (Ef.
2:8). Ou seja a obra missionária prega a salvação pela graça por meio da fé,
não por indulgência (Pra ser gentil, perdoar pecado total ou parcial).
Deste dia em diante após
a Reforma Protestante, não houve mais como recuar na marcha em busca da
simplicidade doutrinária dos apóstolos (At 2.42), na edificação da igreja
fundada por Cristo da qual Ele próprio é o alicerce e a pedra de esquina (At.
4.11; 1Pe. 2.6-8). A Reforma resgatou a verdadeira obra missionária em espalhar
pelo mundo o plano de salvação através do Senhor Jesus Cristo, não por
instituições ou homens que manipulavam o destino da vida humana como a absurda
ideia do purgatório, doutrina ainda hoje pregada pela igreja de confissão
romana.
A Reforma Protestante
tirou da Igreja de Roma o poder de decidir sobre o comportamento e o destino da
alma dos fiéis. Mesmo com a reação da Contrarreforma, com os seus instrumentos
de perseguição e tortura, a Teologia Protestante não se intimidou e nem se
limitou, a esta resolução românica. Os avanços foram extraordinários pela obra
missionária até as regiões mais longínquas, foram alcançadas e surpreendidas
pelos efeitos da Reforma na busca pela essência da evangelização. A Europa já
nos séculos XVII e XVIII, vivia os grandes movimentos reformistas que não só
ficaram nos países europeus, mas, migraram para outros continentes como,
América, África, Ásia e o novíssimo continente da Oceania.
Os efeitos dessa Reforma
Protestante são sentidos até os nossos dias. Grande foi o impacto dessa reforma
na vida e nas instituições ao longo dos últimos cinco séculos. A Reforma deu ao
homem a dimensão de encontrar-se com o ‘‘Deus redescoberto’’, sem precisar mais
de intermediários da cúria romana para lhe levar ao alcácer do Criador. O homem
agora liberto das mordaças dogmáticas e sacrifícios desnecessários, se mostra
atencioso à leitura, ao estudo e os verdadeiros ensinamentos das Sacrossantas
Escrituras. O maior legado da Reforma protestante pode-se resumir em Sola
Scriptura fazia a defesa de uma igreja missionária que centrava a sua
doutrina na palavra de Deus as Santas Escrituras; a Sola Gratia tinha o
reconhecimento de que a salvação e a vivência da vida diária cristã tem base
unicamente na Graça do Senhor e não nas obras executadas pelos homens; a Sola
Fide reivindicava a fé e o compromisso de fidelidade com o Nosso Senhor
Jesus Cristo; a Solus Christus era apresentado a humanidade como o único
mediador entre Deus e o homem e que é o único Deus que salva e é Senhor da sua
igreja na Terra; e a Soli Deo Gloria ensinava que o dever de todo homem e
especialmente a sua igreja era glorificar eternamente a Deus.
‘‘Nossa
história é feita de sangue suor e lágrimas, mas sobretudo
de Fé, esperança e vitórias em Cristo Jesus.’’
Gloria a Deus nas alturas !
ResponderExcluirque o senhor Jesus continue te abençoando poderosamente Pastor Esdras e te usando muito nessa terra.