“Disse mais o Senhor Deus:
Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja
idônea... Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne;
chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e
mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Gn. 2:18-24
O casamento é uma experiência
de viver com o outro, de partilhar a luta pela vida, de caminhar juntos no
cotidiano, expressão maior do amor. O amor é o sentimento mais bonito e mais
forte que pode haver entre um homem e uma mulher. Jamais com pessoas do mesmo sexo, pois seria contraditória do projeto divino sobre a essência do verdadeiro amor eros entre um homem e uma mulher, ambos se completam.
O ser
humano só se realiza humanamente quando conhece e pratica o verdadeiro amor.
Porém, o amor necessita ser demonstrado através de gestos e de atitudes
concretas, pois, ele é fruto de esforço, algo que precisa ser conquistado. Mas
isso, não se torna possível em um só dia, o verdadeiro amor é o esforço de toda
a vida.
Segundo
Erich Fromm, o amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um “erguimento”
e não uma “queda”. De modo geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito
afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar, a não em receber”.
Amar
significa aceitar o outro, exigindo esforço mútuo, paciência, humildade,
sensatez, solidariedade, respeito e persistência. Também, significa saber
perdoar, compreender, construir um relacionamento através do diálogo e da
disponibilidade de esquecer e de recomeçar. No entanto, não se pode confundir
amor com atração sexual,
Para
Pedro Cometti, a vida a dois oferece muitíssimas ocasiões para trocar mente e
coração. No encontro com o outro ficamos nos conhecendo melhor, descobrimos
aspectos da personalidade nunca dantes notados, e percebemos o que ao outro
desagrada ou ofende. Quem ama de verdade se arrepende, se corrigir e policia. O fato é
recíproco, e um casal que se ama não deixa perder as ocasiões para falar com
clareza e confiança, para se perdoar e tudo recomeçar com renovado empenho.
No
casamento as pessoas iniciam um projeto de vida, incorporando a este projeto
todos os aspectos da existência do ser humano. A partir do amor, pois quem ama
deseja viver e expressar este amor de uma forma completa, na duração, na
fidelidade e também na preocupação de um crescimento dinâmico e constante, com
muita criatividade, onde o casal possa além de amadurecer, consiga ajudar-se
mutuamente, procurando fazer a felicidade de ambos, construindo juntos uma
comunidade de vida e de amor.
Porém,
este projeto de vida, esta comunidade de amor, precisa ser construído
dia-a-dia, tendo como pano de fundo o diálogo, a compreensão, a solidariedade e
o respeito, pois, na verdade, nem o casamento civil, nem tão pouco o religioso,
livrará o casal dos riscos de crises, desgastes, infidelidade ou provações. Assim,
amar é ter esperança. Fato que exige presença atuante, porque quem pretende ser
amado, necessita amar, ser amável, de uma forma real, autêntica, não através de
meras formalidades. Daí, o tornar-se um desafio em todos os níveis e setores da
vida conjugal.
Finalmente, sem amor as
pessoas não podem ser felizes nem proporcionar felicidade aos outros, pois, ama
quem é fiel aos seus compromissos com a pessoa amada, quem renuncia ao egoísmo,
quem é capaz de relacionar-se, conviver com outros semelhantes, quem realmente
é capaz de compreender que o verdadeiro sentido da vida é o amor.
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